segunda-feira, março 23, 2009

Neste dia 22 de março o Brasil e o mundo comemoraram o Dia da Água.
A seguir, na integra os textos do Programa Chance à Paz Especial, veiculado pela Rádio A Voz do Vale FM, 103,3 MHz Cândido Mota/SP
(site da emissora: www.vozdovale.com.br)

Se agora a guerra é pela paz, amanhã será pela água

Com esta frase de Leonardo Morelli, organizador do Fórum Social das Águas de 2003, estamos iniciando nosso trabalho. E é um programa especial pelos Dias Mundial e Nacional da Água, comemorados hoje.

E num determinado dia, já muito distante, a vida se fez sobre a Terra. E assim como o planeta, apesar do nome Terra, todo ser vivo tem na sua composição uma grande proporção de água. Então, água é um elemento vital e na água é que a vida deve ter se originado segundo alguns estudos científicos. Sem a água não há e não haverá vida neste nosso lindo planeta azul.
O tempo foi passando, o homem foi desenvolvendo habilidades e descobrindo meios e métodos de sobrevivência. Ele pensa que domina a natureza. Na verdade, por observação e experimentação ele consegue prever ou reverter alguma ou outra situação da natureza, mas não a domina, e isso gerou no homem o sentimento de ser ele “O Todo
Poderoso”.
O homem se espalhou pela Terra, promoveu desmatamento e gerou poluição. Não respeitou as leis da natureza e agora se vê diante do dilema da possibilidade da fonte da vida secar. E cada vez que a natureza é atacada ela reage e nem sempre sua reação é imediata, e hoje estamos pagando o preço do progresso desordenado e da ganância desenfreada do ser humano.
A água potável é finita e está cada vez mais escassa. Segundo a ONU, nos próximos 50 anos metade da população terrestre irá sentir de alguma forma a falta deste líquido tão precioso. E os países pobres serão os que mais sofrerão por isso, e apesar de considerados emergentes, Brasil, Rússia, Índia e China também devem ter reflexos da escassez de água, gerando movimentos migratórios e conflitos, como os que já ocorrem em alguns países africanos ou entre Índia e Paquistão. Até mesmo a água dos chamados lençóis freáticos deve reduzir drasticamente nos próximos anos.
“Identificamos 46 países, onde vivem 2,7 bilhões de pessoas, nos quais há alto risco de crises relacionadas à água provocarem conflitos violentos”, diz o secretário-geral da ONU, Ban-Ki-Moon, num artigo publicado em março de 2008.
E a criança é, mais uma vez, o veículo de conscientização da humanidade quanto ao uso racional da água. Que crianças não gosta de brincar com água? E justamente no momento de tais brincadeiras que envolvem água é que um adulto consciente pode ensinar o pequeno a economizar água e levar tal ensinamento para o resto de sua vida. Se soubermos usar não vai faltar água nos próximos anos, afirma o pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, Aldo Rebouças. Mas para isso é preciso haver, entre outras iniciativas, mudanças na forma de consumir água.
E o mundo já vem experimentando, ainda que de maneira pontual, formas de economizar ou de tratar a água para consumo humano. Estão sendo construídas estações de tratamento de esgoto numa tentativa de despoluir rios; incentivos a implantação ou manutenção de matas ciliares, para conter o assoreamento; preservação das áreas de nascentes dos rios; racionalização do uso da água na agricultura; e conceitos de economia doméstica da água.
Mas ainda há muito que fazer, e por isso, assim como o ser humano, e por sua importância vital a água, segundo a ONU, Organização das Nações Unidos, também tem direitos e em 22 de março de 1992, a instituição criou o Dia
Mundial da Água. Para reforçar a idéia da ONU em território brasileiro, desde 2003, também no dia 22 de março é comemorado o Dia Nacional da Água. Ao instituir o Dia Mundial da Água, em 1992, a ONU publicou a Declaração Universal dos Direitos da Água.
Mas antes disso vamos ouvir uma música de Guilherme Arantes que se tornou um clássico em homenagem a água e a vida, que é: Planeta Água.




Declaração Universal dos Direitos da Água

Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.

Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.

Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
Está é a Declaração Universal dos Direitos da Água. E já que estamos depositando na criança a possibilidade de que nos próximos anos a humanidade passará a utilizar a água de maneira racional, vamos ouvir Cristina Mel cantando, A Água.
(Como não encontrei um vídeo da música abaixo está a letra, obtida no site http://vagalume.uol.com.br)

A água quando está no céu é nuvem

Se você ouve um trovão,

Logo a chuva vai cair (cair, cair).

A chuva serve pra molhar a terra

A chuva serve pra encher os rios

A chuva nos dá água pra beber

A chuva faz a planta florescer

Coro

A chuva é água para tomar banho

A chuva é água pra escovar os dentes

É água pra mamãe cozinhar

É água pro papai se barbear


Os rios que fazem fronteira entre os países é o tema escolhido pela ONU para marcar o dia de hoje em todo mundo. Por conta disso o slogan da campanha diz: “Compartilhando a água, Compartilhando Oportunidades”. E isso gerou o seguinte manifesto:

(a tradução para o português é minha, a partir da versão em espanhol).

Este ano para o Dia Mundial da Água, nós queremos chamar sua atenção para os recursos hídricos que cruzam fronteiras e nos unem.

As 263 bacias de rios e lagos transfronteiriços do mundo estendem através de um território de 145 países, e cobrem quase a metade da superfície terrestre. Na mesma maneira, grandes depósitos de água doces viajam em silêncio por debaixo das fronteiras nos aqüíferos subterrâneos.

Há água doce suficiente para satisfazer às necessidades de todos, os recursos hídricos não obstante não são igualmente distribuídos e, frequentemente, não são controlados da maneira apropriada. Atualmente, muitos países enfrentam problemas de falta da água. Em algumas áreas, a disponibilidade da água fresca de boa qualidade foi significativamente reduzida devido à contaminação produzida pelos dejetos gerados pelos seres humanos, pela indústria e pela agricultura. Desde 1900, a metade das nascentes do mundo, ou seja, nossa principal fonte de água potável já secou. A mudança climática terá, sem nenhuma dúvida, um impacto direto na provisão da água doce em muitas regiões.

Constatando que todos os países deverão satisfazer suas necessidades de consumo de água em um contexto de recursos hídricos limitados, há uma grande probabilidade de haver conflitos pela posse e uso da água.

Não obstante, a história ensinou-nos que a cooperação e não o conflito, é a resposta mais comum frente as questões relacionadas à gestão dos recursos hídricos fronteiriços. Durante os últimos 60 anos foram firmados mais de 200 acordos internacionais relacionados à água e foram denunciados 37 casos de conflitos entre países provocados pela disputa dos recursos hídricos.

Neste sentido, é importante continuar fomentando as oportunidades da cooperação que a gestão dos recursos hídricos transfronteiriços podem proporcionar. Todos nós compartilhamos da responsabilidade da gestão dos recursos hídricos fronteiriços para as gerações atuais e futuras. Sem importar em que parte da correnteza nos encontramos, todos nós compartilhamos do mesmo barco.

Este foi o manifesto elaborado pela ONU para justificar a escolha do tema para este Dia Mundial da Água: os rios transfronteiriços. E para discutir a questão termina hoje, em Istambul, na Turquia o Quinto Fórum Mundial da Água. E aqui no Brasil como é a situação de tais rios?

Um levantamento da Agência Nacional de Águas (ANA) aponta a existência de 83 cursos d'água transfronteiriços em território brasileiro. Significa dizer que o Brasil compartilha com outros países as águas de 83 cursos d'água, representando um grande desafio de gestão para seus governantes.

De acordo com a Lei nº 9.433/97 , a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, sendo, portanto, o ponto de partida para a gestão dos recursos hídricos.No Brasil, as maiores bacias hidrográficas com rios fronteiriços e transfronteiriços são a Amazônica e a do Prata. Rios brasileiros são exemplos de águas compartilhadas e desafios de gestão, tais como os rios: Madeira, Amazonas, Quaraí, Paraná e Apa.

Está chegando Palavra Cantada – Água

(Também não localizei um vídeo com a música, por isso abaixo está a letra dela.)

Da nuvem até o chão, do chão até o bueiro

Do bueiro até o cano, do cano até o rio

Do rio até a cachoeira

Da cachoeira até a represa, da represa até a caixa d'água

Da caixa d'água até a torneira, da torneira até o filtro

Do filtro até o copo

Do copo até a boca, da boca até a bexiga

Da bexiga até a privada, da privada até o cano

Do cano até o rio

Do rio até outro rio

De outro rio até o mar

Do mar até outra nuvem


Agora vamos falar do nosso Panema, ou seja, do Rio Paranapanema, que em praticamente metade de seu percurso total de aproximadamente 930 quilômetros é o marco divisório entre os estados de São Paulo e do Paraná.

Em outubro de 2003, Paulo Zocchi publicou um estudo que fez sobre o Rio Paranapanema que recebeu o título de: Rio Paranapanema da Nascente à Foz. E as informações a seguir são de acordo com tal estudo.

O Rio Paranapanema é o mais limpo dos grandes rios paulistas. Conta Zocchi que o Paranapanema nasce no interior da Fazenda Guapira, de propriedade de uma empresa de papel e celulose, na região de Paranapiacaba, praticamente no topo da Serra do Mar. A exemplo do que acontece com o Rio Tietê, o Paranapanema também segue para oeste e não para leste.

Apesar de ainda ser limpo, o Paranapanema sofre por conta do desmatamento e também por causa da pela exploração energética do rio, que abriga 10 usinas hidrelétricas e mais uma está em construção. O Paranapanema abriga três parques ecológicos e o maior deles é o do Morro do Diabo, na região do Pontal. Lá é o último refúgio do mico-leão-preto. Sobre o Morro do Diabo Zocchi diz: “No sul do parque, da torre de observação à beira do rio, pode-se apreciar as revoadas de pássaros como garças, biguás e macucos. De canoa, é fácil encontrar capivaras, jacarés-do-papo-amarelo, quatis e bugios.”

O Paranapanema também está presente em vários momentos da história. Logo no início da colonização o rio era o marco divisório entre as Américas portuguesa e espanhola. No alto do Paranapanema há ruínas de duas missões jesuítas espanholas que por volta de 1630 abrigavam mais de 20 mil índios, conta Paulo Zocchi.

Ao longo de sua extensão também é possível relembrar outros momentos históricos como em Buri e Itapetininga, que o Paranapanema cruza a antiga rota dos tropeiros, aberta em 1732. Ou ainda , a ponte pênsil Alves de Lima, tombada pelo Patrimônio Histórico, entre Ribeirão Claro e Chavantes, inaugurada em 1920.

O Paranapanema também atraiu outros povos e contribui para a mistura de raças. Paulo Zochi fala que “Na parte alta da bacia, de colonização mais antiga, encontra-se o caboclo, resultante da miscigenação entre índios e brancos. De Santa Cruz do Rio Pardo para o oeste estão os descendentes dos mineiros que, no século 19, tomaram o sertão ainda virgem. Com o cultivo do café, chegaram também os imigrantes - que hoje marcam lugares como Ourinhos (japoneses), Pedrinhas Paulista (italianos) e São José das Laranjeiras (alemães).”

Apesar de ainda limpo, e para continuar assim, o Paranapanema precisa ser preservado e a população que o cerca deve estar ciente e consciente da importância desse rio, mais precisamente aqui na nossa região. Para tanto foi criada, por exigência legal, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Médio Paranapanema. Entre as medidas adotadas pelo comitê está a cobrança de taxas pelo uso da água a partir do próximo ano.

Para saber mais sobre o Rio Paranapanema procure em algumas bibliotecas públicas ou nas livrarias o livro “Rio Paranapanema da Nascente à Foz”, dos repórteres Paulo Zocchi e Marcelo Maragni, da editora Horizonte Geográfico. Ou ainda entre em contato com o Comitê da Bacia do Médio Paranapanema, que tem sede em Marília, na Rua Benedito Mendes Faria, 40 A, na Vila Hípica, telefone (14) 3417.1017, e-mail é bpp@daee.sp.gov.br

E nosso Rio Paranapanema é cantado assim por Tião Carreiro e Pardinho.

(outro vídeo não encontrado, a letra está abaixo.)


O rio Paranapanema é obra do Criador

É espelho das estrelas o mundo do pescadore

No livro da natureza mais entrar mais um poema

Vamos cantar a beleza do rio Paranapanema

O rio Paranapanema deságua no Paraná

Mas toda a sua beleza deságua no meu cantar

De nascentes cristalinas suas águas são formadas

Matando a sede do gado e banhando as invernadas

A seca é a madrasta da roça desesperada

Água deste rio é mãe pra quem planta na beirada

O rio Paranapanema deságua no Paraná

Mas toda a sua beleza deságua no meu cantar

Meia dúzia de carrascos movidos pela ambição

Tentaram matar o rio com indústrias na região

O povo da redondeza fez das tripas coração

A empresa criminosa bateu com a cara no chão

O rio Paranapanema deságua no Paraná

Mas toda a sua beleza deságua no meu cantar


Matéria publicada no Jornal de Assis edição dos dias 21 e 22 de março de 2009. Texto de Vanessa Zandonade.

Irrigação irregular é considerada uma das vilãs no consumo de água.

No método de aspersão, perde-se cerca de 30% do volume de água jogada na atmosfera.

Instalações de irrigação sem um controle ambiental, localizadas em áreas agrícolas, se mostram como um dos principais meios de consumidores de água do país. Irrigação do tipo aspersão, canhão ou pivô central são os mais expressivos veículos de consumo inadequado da água, chegando a ter perdas em torno de 30% do volume inicial, diante do que acaba sendo jogado na atmosfera. O assunto se torna ainda mais em evidência frente ao Dia Mundial da Água, comemorado neste domingo.

Uma pesquisa encomendada pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), aponta que a maioria das pessoa são têm consciência deste dado. Ambientalistas defendem a adoção de métodos de irrigação mais eficientes e econômicos para evitar o desperdício, com técnicas como o gotejamento, microgotejamento ou microaspersão.

No mesmo sentido, a pesquisadora científica da Apta Médio Paranapanema, Adriana Novais Martins, destaca que é preciso diferenciar o simples “molhamento” da terra em culturas diversas, da irrigação, que segundo ela, possui um manejo mais controlado da quantidade de água jogada nas culturas e portanto, não degrada o ambiente. “Na nossa região o que há ainda é o molhamento das culturas e quase nada de irrigação. No molhamento, não há controle nenhum, ou é muito precário”, afirma. Ela acrescenta que este tipo de técnica é utilizada em áreas de monocultura, como se percebe na região, na grande maioria de cereais.

Martins explica que a irrigação localizada, realizada pelo gotejamento ou microaspersão, é mais comum na fruticultura, cafeicultura e em outras cultura com características perenes. “Neste tipo de irrigação, a eficiência chega a 98%, ou seja, só há 2% de perda; já como o pivô central, ele sobe para 30%. Na irrigação por sulco, então, em que se utiliza a gravidade para a liberação da água, este percentual sobre para 40%, além do desgaste do solo diante da microerosão provocada”, enfatiza.

A pesquisadora cita que na região, a maioria das irrigações utilizam água de superfície, ou seja, de rios e lagos. “É possível irrigar sem causar impacto ambiental. Para isso, uma série de manejos precisam estar aliados a essa técnica, como por exemplo, a recomposição da mata ciliar do local de captação dessa água”, salienta.

Conscientização

Há cerca de três meses, a Apta mantém uma área de um hectare de Banana Nanica, cultivada com a irrigação por microaspersão, em Palmital. O objetivo é realizar o trabalho e oferecer a opção para os produtores a partir de ações práticas; “Primeiro precisamos transformar a cultura de utilização dos recursos naturais e depois oferecer o método de irrigação que estamos pesquisando como uma opção. O manejo errado é que traz prejuízos e não simplesmente a irrigação”, explica a pesquisadora Adriana Novais Martins. Além disso, ela cita a cobrança pelo uso da água que deverá ser implantado até 2011 e a necessidade de uso consciente deste bem natural.


Trechos de um boletim da Caixa Econômica Federal.


Informações sobre a água:

. O planeta Terra é formado por ¾ de água (doce e salgada) e ¼ de terra (continentes e terras). Cerca de 97,3% são água salgadas vinda de mares e oceanos, não potáveis; 2,7% são de água doce distribuídas em 2,34 nas geleiras, icebergs e pólos, não disponíveis; 0,35% nos pântanos e lagos e apenas 0,01% nos rios;

. Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. A água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia;

. Mais de 1 bilhão de pessoas, principalmente no mundo em desenvolvimento, não tem acesso à água;

. Segundo a ONU, 50% da taxa de doenças e morte nos países em desenvolvimento ocorrem por falta de água ou pela contaminação;

. Com o crescimento acelerado da população mundial e o crescimento desenfreado da poluição, a água é o recurso natural mais estratégico de qualquer país do mundo;

. A revista Fortune denominou a água como o “óleo do século XXI”. Quem controlar este recurso precioso, terá amplo poder econômico e político;

. O Brasil é um país privilegiado pois possui 13,7% da água doce do planeta. Sendo que 8-% das águas doces do Brasil estão na Amazônia, onde vivem apenas 7% da população. O Amazonas é o maior reservatório de água subterrânea do planeta;

. O nosso País registra altos índices de desperdícios, joga fora cerca de 40% da água potável destinada ao consumo humano. A média ideal para a ONU é de 20%;

. Os problemas mais graves na área de poluição dos sistemas hídricos no Brasil são: poluição por esgotos domésticos, poluição industrial, poluição difusa de origem agrícola, disposição dos recursos sólidos, poluição acidental, salinização de rios e açudes, poluição por mineração e falta de proteção dos mananciais superficiais e subterrâneos...

… Fique atento no seu ambiente de trabalho:

. Você sabia que o consumo médio de água por pessoa, por dia, num prédio comercial é de cerca de 30 litros;

. Analise seu comportamento no dia a dia e avalie se suas atitudes têm contribuído para poupar os recursos naturais;

. Faça uma investigação criteriosa nos processos referentes ao bem mais precioso que temos: a água. Verifique os recursos que são usados e os resíduos gerados em seu ambiente. Confira se há desperdício de água;

. Um diagnóstico das instalações, com pequenas correções e baixos custos, se pode reduzir o consumo de água e consequentemente de energia elétrica;

. Cole cartazes nos banheiros e copas, conscientize todos da importância de consumir com consciência;

. Incentive seus colegas de trabalho. Converse sobre a importância da adoção de atitudes ecológicas corretas e adequadas no cotidiano. Busque formas alternativas de combate ao desperdício de águas e práticas conscientes junto ao seu grupo; ...

Agora ouça com Marisa Monte, Água também é mar.



Para que a água não venha a faltar é preciso economizar, como diz o slogan: “Sabendo usar não vai faltar”. Então vamos a algumas dicas para a economia da água de conforme o site natureba.com.br

No banheiro :
Feche a torneira enquanto escova os dentes, faz a barba ou ensaboa as mãos.
Não tome banhos demorados.

Uma válvula de privada gasta muita água em um único aperto. Não acione à toa e aperte somente o tempo necessário.

Não jogue lixo no vaso sanitário. Evite entupimento.
Na hora da compra, dê preferência às caixas de descarga no lugar das válvulas. Adquira modelos de baixo consumo de água.
Em banheiros públicos use a água de torneira também com moderação.

Na lavanderia :
Deixe a roupa acumular e lave tudo de uma vez.
Feche a torneira enquanto ensaboa e esfrega a roupa.
Não use sabão em excesso para evitar maior número de enxágues.
Só use a máquina de lavar com a carga máxima de roupas.
Reaproveite a água da máquina de lavar roupas para lavar o quintal.
Instale aerador (peneirinha) nas torneiras da casa para reduzir a vazão.
Não exagere no uso de produtos de limpeza, como a água sanitária que contém cloro.

Na cozinha :
Antes de lavar a louça, limpe pratos e panelas e deixe-os de molho.
Feche a torneira enquanto ensaboa a louça.
Se usar máquina de lavar louça, só ligue quando estiver cheia.
Deixe as verduras em água com um pouco de vinagre por alguns minutos antes de lavar.
Utilize sabão ou detergente biodegradáveis, que não poluem os rios porque se decompõe mais facilmente.
Ao comprar máquina de lavar roupas ou lavar pratos, verifique no manual o consumo de água do produto.

Não jogue óleo de frituras ou restos de comida em pias ou na privada. Um litro de óleo contamina 1 milhão de litros de água - o suficiente para uma pessoa usar durante 14 anos.

No jardim, no quintal, na calçada :
Ao lavar o carro use o balde com pano em vez de mangueira.

Não regue as plantas em excesso ou com mangueira.

Não use mangueira para limpar a calçada e sim uma vassoura.

Procure aproveitar a água das chuvas.

Em vez de cimentar todo o quintal, deixe um espaço para jardim e ajude a água da chuva a infiltrar-se na terra.
Mantenha a caixa d`água limpa. Ela deve ser lavada pelo menos a cada 6 meses.

Verifique os vazamentos :
Torneira pingando desperdiça muita água.

Verifique sempre a válvula ou caixa de descarga e ainda se há canos furados. Observe se não há manchas de umidade nas paredes.
Conserte os vazamentos de imediato, assim que forem notados.

Outras dicas importantes

Não jogue lixo nos lagos, córregos, rios e mar.

Na indústria introduzir técnicas de reúso da água, tratamento de efluentes e reduzir o desperdício nos processos industriais.
Na agricultura, armazenar mais água da chuva e reduzir o desperdício ao irrigar as plantações. Utilizar métodos e equipamentos de irrigação poupadores de água. Reduzir o uso de fertilizantes e agrotóxicos. Implantar medidas de controle de erosão do solo. No campo ou na cidade evitar a obstrução dos rios. Fazer o descarte adequado de embalagens de agrotóxicos.

Para detalhes sobre estas dicas e conhecer outras acesse o site www.natureba.com.br. Vamos ouvir com Raul Seixas, Água Viva.




E assim chegamos ao fim do Programa Chance à Paz especial pelo Dia Mundial e pelo Dia Nacional da Água, comemorados hoje, 22 de março.

Produção, redação, edição, responsabilidade e apresentação: Silvio Luís

Trabalhos técnicos: Júlio César (Julinho)

Obrigado pela audiência, e lembre-se: preservar a água é manter a vida.

Tchau e até mais.


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VIVA A PAZ!!!! VIVA EM PAZ!!!

quarta-feira, março 11, 2009

Dia Internacional da Mulher

Escola Carolina Burali homenageia mulheres com exposição.

Com o título “De Luzia aos Nossos Dias” uma exposição homenageou as mulheres pelo Dia Internacional da Mulher, comemorado no último dia 08 de março, na EE “Dona Carolina Francini Burali”, em Assis.

Foram expostas fotos com dados básicos de cerca de 50 mulheres que foram ou são destaque no Brasil e no mundo, e também textos e frases que retratam ou se referem às mulheres. Mereceram destaque no evento a patrona da unidade escola a senhora Carolina Francini Burali e a farmacêutica bioquímica Maria da Penha Maia Fernandes, cujo nome foi dado à lei que visa coibir e punir com maior rigor a violência cometida contra as mulheres.

Ainda aconteceu a exibição de documentários com dados e histórias reais sobre a violência contra a mulher, um dos grandes maus da sociedade atual, e informações quanto à aplicação da Lei Maria da Penha, em vigor desde 22 de setembro de 2006.

O termo Luzia faz uma referência ao crânio mais antigo já encontrado na América do Sul o qual foi batizado por tal nome pelos arqueólogos que o encontraram em escavações realizadas na região de Lagoa Santa, em Minas Gerais. Cientistas afirmam que o crânio é de uma mulher que viveu há 11.500 anos.

A exposição foi uma parceria entre a Escola, o Programa Escola da Família e o Projeto Chance à Paz, que cedeu o acervo para o evento.

Nos 03 dias em que permaneceu montada (07,08 e 09), a exposição foi vista por mais de mil pessoas.


Abaixo fotos do evento:
Clique sobre a imagem para vê-la ampliada.




A violência doméstica é o grande problema a ser enfrentado.
Abaixo um vídeo de uma reportagem levada ao ar pela TV Tarobá, publicado no Youtube



A seguir informações sobre a Lei Maria da Penha, também com vídeos publicados no Youtube.
Parte Um

Parte Dois


Saiba um pouco sobre Maria da Penha. Os videos abaixo também são do Youtube.




Vídeo de campanha contra a violência doméstica participante de um concurso da TV Gazeta.

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